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Com #MeToo da Caixa, Guimarães vai à lona

  • Foto do escritor: Vórtex bsb
    Vórtex bsb
  • 30 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

Presidente da estatal mostra espelho quebrado da 'eficiência privada' e cai com avanço dos protestos das mulheres e denúncias de assédio



Crédito: Folha

Atualizada em 30/06


O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, deixou o comando do principal banco público do país após ser acusado de assédio sexual por funcionárias mulheres do alto escalão da empresa e investigações do Ministério Público, inclusive o do Trabalho.


Nem as rígidas e modernas regras corporativas internas da Caixa contra assédios foram capazes de blindar a companhia contra práticas que Guimarães adquiriu no setor privado.


Os assédios aconteceram em viagens do presidente da Caixa pelo Brasil, nas quais desempenha o papel de cabo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, sobretudo em interiores do país em distribuição de benefícios sociais e lançamento de moradias populares.


Os relatos das mulheres mostram abordagens e situações constrangedoras e violentas que as vítimas passaram. Segundo elas, Guimarães se sente “dono das mulheres”, sugeriu promoção em troca de favores íntimos e festas privês coletivas de conteúdo sexual.


Com a demissão, para preservar o já escasso capital político do governo, a lista de denúncias não para de crescer e já envolvem ainda casos de assédio moral.


Porta da rua


Nesta quarta-feira, trabalhadoras da Caixa e apoiadores da causa protestaram pela demissão de Guimarães, um dos mais histéricos bolsonaristas do governo.


A mobilização das mulheres, que se assemelha ao #MeToo internacional, acelerou a queda daquele que foi vendido como exemplo da eficiência privada para a suposta ineficiência pública, conforme as ideologias liberais da economia.


Oriundo do mercado financeiro, onde ironicamente mantém boa reputação, Guimarães chegou até a ser cotado para vice de Bolsonaro na reeleição e ministro da Economia, em caso de demissão de Paulo Guedes.


Não à toa, este é um governo impopular entre o eleitorado feminino, que vem jogando um papel decisivo para encerrar o ciclo nazi-neoliberal-inflacionário de centro-direita.


Mas, a ameaça privatista continua no horizonte: Bolsonaro escolheu para o lugar de Guimarães a secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino, ligada a Paulo Guedes.


Agora, será a hora de o governo tentar também ludibriar o eleitorado feminino. Mas, não se engane, esta é uma gestão federal de homens que não amam as mulheres.


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