ICMS não resolve combustíveis
- Vórtex bsb
- 4 de jul. de 2022
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Medida apoiada pelo governo corta investimentos e mantém pressão sobre trabalhadores e classe média

Tratado pelo presidente Jair Bolsonaro como o vilão da inflação dos combustíveis e única saída para resolver o problema (duas fake news), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi reduzido pelos governadores, com impacto residual.
No entanto, isso pode tirar R$ 21 bilhões da educação pública de estados e municípios, prejudicando até o reforço escolar pós-pandemia, segundo estimativas da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação relatadas pelo jornal O Globo.
O consórcio de mídia da família Marinho passou de inimigo de Bolsonaro para voltar a receber vultosos recursos públicos para alimentar também a tentativa de reeleição.
De acordo com o especialista Celso Rocha de Barros, na Folha de S. Paulo, com a aprovação da "PEC Medo do Lula", que vai permitir ao atual presidente gastar dinheiro para tentar a reeleição, "vão para o lixo o teto de gastos, a lei de responsabilidade fiscal, a regra de ouro e tudo que controle os gastos do governo”.
Nesta semana, a PEC, também chamado de do "desespero", da "emergência eleitoral", mas cujo foco é tentar garantir um segundo turno, pode ser analisada pela Câmara dos Deputados, onde o presidente Arthur Lira e o Centrão tomaram gosto por servir aos agentes econômicos bolsonaristas - os únicos que topam o esforço eleitoral para manter a gestão extremista no poder.
A saída efetiva, porém, foi apontada por Lula: uma transição para um novo modelo de preços da Petrobras, abrasileirando o custo dos combustíveis e aliviando a renda da população de baixa renda e da classe média.
Dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que, no Brasil, quase um terço das pessoas tem menos de meio salário mínimo para passar o mês. O dado integra o Mapa da Nova Pobreza, divulgado na quarta-feira passada, que aponta que a pobreza nunca esteve tão alta no país.
É por isso que a Petrobras pode até seguir pagando dividendos a seus acionistas, mas partilhando lucros com a sociedade e sem privatização, que tornaria o Brasil refém dos ganhos desses poucos investidores.
Por outro lado, Lula está certo em defender a ampliação de investimentos públicos, principalmente em educação e para gerar empregos.

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